domingo, 16 de agosto de 2009

As pessoas estão cada vez menos imunes a modismos de
E afinal filosofia é isso: mais que não aceitar respostas de mão beijada, é buscar a verdade por trás das coisas. É sempre perguntar onde, quando e por quê, mesmo nos casos onde aparentemente essas perguntas não se aplicam. Se alguma coisa é bela, afinal, quando ela é bela? Hoje ou há 500 anos? Onde ela é bela? Aqui para nós, brasileiros, ou para os árabes (que afinal têm padrões estéticos diferentes)? Por quê ela é bela? Porque ela é quadrada, ou retângula, ou chata, ou grande, ou verde, ou vermelha, ou macia...??
Filosofar é exercitar a retórica. Você quer uma TV de plasma. É porque ela é necessária ou porque ela é um símbolo de status? Ela é um símbolo de status hoje ou há 5 anos quando foi lançada? Ela será ainda um símbolo daqui a 5 anos? você ainda irá querê-la daqui a 5 anos?
Afinal, o que nos faz felizes e o que nos entristece? Te deixa desolado rasgar sua calça favorita ou saber que existem milhões de pessoas famíntas, costelas aparecendo, que você não consegue imaginar como se mantem de pé? Ou te chateia a cegueira alheia, ou te chateia sua própria? Aliás, terem outras pessoas problemas maiores diminui seus problemas? Seu umbigo é do tamanho do mundo ou o mundo que é grande demais - longe demais - pra poder competir com seu umbigo?
Você deve mesmo resguardar sua virgindade? Você precisa mesmo fazer tanto sexo? É mesmo importante o que os outros acham de você? É mesmo tão desimportante?
O amor, que é afinal? Será mesmo um sacrilégio tão grande olhar com olhos críticos seus sentimentos, como se isso os invalidasse? E se invalidasse, não seria por um bom motivo?
É assim mesmo que funciona: somos jovens até envelhecermos, amamos até não mais amarmos, tentamos enquanto podemos, e todos respiram até o último suspiro. O que muda é se Ela vai te pegar preparado, tranquilo e feliz; ou alí, distraído, namorando uma vitrine.